23 jul A Guerra Pelas Mentes das Próximas Gerações
Entrevista com Dr. Guilherme Schelb
Dr. Guilherme Schelb tem sido uma voz na esfera da educação e política defendendo a infância, adolescência e consequentemente a família. Na entrevista para a Revista Geração do Reino, ele relata a sua cosmovisão cristã em relação a essas áreas, dá dicas de como podemos ser relevantes e trazer o reino de Deus neste meio, além de contar um pouco sobre seu sonho na esfera da educação, especificamente na fase da infância.
Como e quando você reconheceu a sua vocação dentro da esfera da educação e família?
Bem, minha vocação original é a “infância e adolescência”. Durante 4 anos fui promotor de justiça da infância em Brasília (1992-1995). Fiz o concurso público já consciente desta vocação pelas crianças. A Educação veio nos últimos 8 anos (2009), ao perceber o terrível projeto do socialismo para a família e infância, utilizando as salas de aula como local de imposição de valores morais e sexuais pervertidos. Eu mesmo era um socialista, mas não tinha consciência disto. Então, abandonei a ideologia para servir as crianças e orientar famílias e professores sobre seus direitos e deveres, conforme previstos em lei e definidos pelos tribunais.
Qual é a sua visão para a educação no Brasil e para expansão da cultura do Reino de Deus na sociedade?
A situação da Educação brasileira é de calamidade!
As avaliações internacionais revelam que nossa educação não seria destaque nem na África. Na América do Sul, não ficamos nem entre os 3 melhores sistemas de ensino. Nossos alunos mal conseguem ler…
Além disto, formos governados na Educação desde 1995 por uma mentalidade socialista. As políticas públicas na educação e a formação dos professores não contempla conhecimentos básicos sobre as leis que regem a educação, infância e família.
Na verdade, a ‘Constituição’ da Educação brasileira se chama “Paulo Freire”, o que ele disser em seus livros é ‘lei’ nas salas de aula. Esta é a mente do professor brasileiro. O primeiro passo para restaurar a cidadania na Educação brasileira é restaurar o respeito à Constituição e leis, inclusive em salas de aula.
Como você leva a cultura e os valores cristãos para sua área de atuação?
O Cristianismo sempre foi pão para os famintos e água para os que têm sede. É literal mesmo, veja em Mateus, capítulo 25. A igreja primitiva era conhecida pelo amor ao próximo: cuidávamos de doentes, idosos, órfãos e viúvas. Estas pessoas eram o ‘lixo’ humano daquele tempo – e até hoje, de certa forma – desprezadas e esquecidas por todos, não pela igreja cristã. Precisamos resgatar uma fé que vai além de discursos e pregações. Falar é importante, mas ouvir é ouro, não é?
Minha forma de pensar e agir está em busca desta harmonia entre o falar e o agir, tendo como referencial a Palavra de Deus. Procuro exercer o amor sem proselitismo ou reconhecimento. O bem que fazemos em secreto será honrado.
Nós acreditamos que a educação é uma ferramenta fundamental para o discipulado de toda uma geração. Como você acha que educadores, de todos os níveis de educação, podem ser cada vez mais efetivos em “discipularem” seus alunos?
A melhor forma de sermos relevantes e discipular pessoas é exercendo bem nossas funções, com justiça e amor. Dominar nossa área de estudo é fundamental para o “espírito de Deus” agir em nós!
Sempre que exercemos poder sobre pessoas alguns frutos do espírito são estratégicos em nós, especialmente o domínio próprio e a mansidão.
Como alguém que deseja entrar na esfera da educação pode se preparar? Quais são os principais desafios que um cristão enfrenta dentro dessa área?
O socialismo cultural percebeu que as escolas são a chave para as gerações. Crianças e adolescentes podem ser facilmente influenciáveis, para o bem ou para o mal. Por isto, praticamente todo o ensino superior brasileiro que forma professores está dominado pela mentalidade socialistas. Estamos em uma guerra pelas mentes das próximas gerações. O campo de batalha são as salas de aula. Os guerreiros são os professores. Estamos perdendo de W.O.
É urgente as lideranças acordarem para esta calamidade.
Como você se mantém focado e motivado? O que te inspira a fazer o que você faz e se aperfeiçoar nisso?
É fácil para mim. Meu piano só tem duas teclas: criança e adolescente.
Minha família é outra grande motivação. Minha esposa Ellen é minha inspiração diária. Meus filhos Maria Clara e Pedro me alegram na caminhada. Cuidar deles é minha maior tarefa, tudo o mais é adorno.
Você já pensou em desistir? Como você aprendeu a lidar com o fracasso?
Acontece algumas vezes. O desânimo, a tristeza…
Bem, é o ciclo da vida, que também se revela em nós e em nossas emoções. Quando a noite vem, me preparo para ela e mantenho em mente aquilo que pode me dar esperança.
Atualmente, qual seu maior sonho para a esfera da educação, aquele que você acredita ser capaz de trazer a realidade?
Restaurar a cidadania na Educação brasileira. Que a Constituição e as leis sejam respeitadas em todo o Brasil, inclusive salas de aula. Será um milagre!!!
Já estamos vendo “uma nuvem do tamanho da mão de um homem”: Araçatuba e Ribeirão Preto, em São Paulo, aprovaram leis municipais, a partir do modelo que proponho em meu blog: www.infanciaefamilia.com.br chamado “Infância Sem Pornografia”.
Curso | Culto Infantil
Neste curso ensinaremos como um culto infantil deve ser planejado, desde a recepção das crianças, o preparo espiritual, o preparo da programação e da estrutura, tudo a fim de que cada criança possa ter um encontro pessoal com Deus de uma forma marcante e sobrenatural.
Tamires Zeferino
Postado em 23:57h, 06 novembroAmei?