
22 jul Onde Não há Lenha Não há Fogo
Lemos no livro de Atos dos Apóstolos que o Espírito Santo, como um vento impetuoso e como fogo, desceu sobre os discípulos de Jesus Cristo após Sua ascensão, durante a Festa de Pentecostes. Jamais foi plano de Deus que aquelas chamas de fogo do Espírito Santo se apagassem.
Esse evento produziu marcantes mudanças que se eternizaram, transformando pessoas e nações ao redor do mundo todo. Os apóstolos viraram o mundo de ponta cabeça (Atos 17:6 – KJV ). O Espírito Santo se manifestou poderosamente com muitos sinais e maravilhas através dos discípulos, que se tornaram ousados, posicionados, corajosos e cheios do amor de Deus para com as pessoas.
O amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (Romanos 5:5). Foi assim que os apóstolos receberam aquele amor que viram tantas vezes o Mestre dos mestres manifestar com compaixão, curando os enfermos, alimentando os famintos, trazendo dignidade aos rejeitados da sociedade; acima de tudo, o amor que Ele expressava ao depender de Seu Pai com tanta diligência e intimidade.
Foram tantas as experiências que os discípulos tinham vivenciado com o Senhor que, com certeza, morrer como mártires por Cristo e pela pregação do amor demonstrado através de curas, milagres, perdão e avivamento dos corações, deve ter sido uma grande honra e privilégio para eles.
Um após outro, cada discípulo foi sendo martirizado e o evangelho foi se alastrando pelas diversas nações. Até os anos avançados do amado discípulo, João, que morreu exilado na ilha de Patmos, as chamas daquele dia de Pentecostes não se tinham apagado.
O menor dos apóstolos, como se apresentava Paulo, foi um instrument mais usado no início da era cristã, após o seu encontro com o ressurreto Cristo Jesus. Deus revelou os mistérios de Cristo de modo inegável e inigualável, como ele mesmo escreve em sua epístola à igreja de Éfeso, supervisionada pelo apóstolo João:
“…como me foi este mistério manifestado pela revelação como acima, em pouco, vos escrevi, pelo que, quando ledes podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, o qual, noutros séculos, não foi manifestado aos filhos dos homens, como, agora, tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas.” (Ef 3:3-5 – grifos meus)
Entre muitos mistérios revelados, Paulo menciona os cinco dons de Cristo ressurreto, ministérios estes que somente alguns cristãos recebem: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres (Ef 4: 11).
Quando o ultimo apóstolo, João, morreu por volta de 100 a.C., a Igreja cristã se enfraqueceu com as perseguições. Haveria agora a necessidade de avivamentos para restaurar a Igreja do Senhor Jesus Cristo.
O último apóstolo de Cristo sendo morto, a unidade dos cinco dons ministeriais doados por Cristo ressurreto à Igreja foi profundamente abalada . Por séculos e séculos, as igrejas cristãs ficaram nesse ciclo de avivamento e esfriamento, porém, nos últimos séculos, tem havido outras que lutam pelo avivamento sustentável, cuidando que as chamas do Espírito Santo não se extingam. Tem havido uma busca constante e intensa de manter o fogo do Espírito Santo em direção a um derramar da porção prometida no livro do profeta Joel. É importante, porém, enfatizar que a última colheita de bilhões de almas será precedida pela unidade dos cinco ministérios, o que ainda pouco se nota na Igreja, Corpo de Cristo.
Todo avivamento trouxe uma grande mudança na sociedade, restaurando os valores do reino de Deus: temor de Deus e de Seus princípios, amor pela Bíblia, famílias saudáveis, cultura de gratidão, honra, perseverança, honestidade, fidelidade. Esses valores do reino de Deus vêm introduzindo na sociedade a dignidade humana e a busca de uma vida abundante na presença de Deus.
A cada avivamento, ou reavivamento, precedido por um mover da nuvem que precede a chuva do derramar do Espírito Santo, a presença de Deus se intensifica e transforma pessoas. Pessoas visitadas pelo Espírito Santo são transformadas e afetam a sociedade positivamente. Isso deveria permanecer e aumentar.
As crianças, especialmente das igrejas cristãs, têm sido visitadas pelo Espírito Santo, pelos anjos e pela presença gloriosa de Deus nos avivamentos dos últimos anos do século XX e do início deste século XXI. As igrejas cristãs, sedentas por mais de Deus, têm sido visitadas pelo derramar do Espírito Santo e têm se movido nos dons espirituais que manifestam sinais e maravilhas com milagres e têm tido experiências sobrenaturais com imprecedente naturalidade.
Temos visto crianças e adolescentes posicionados naquilo que creem e eles têm afetado círculos sociais que frequentam como, por exemplo, escolas, clubes e festas de família e parentes.
Examinando es Escrituras Sagradas, maiores transformações são esperadas. Profecias do Antigo Testamento sobre os últimos dias ainda estão a caminho de seu cumprimento. Por exemplo, o derramar do Espírito Santo profetizado por Joel, veio com chuviscos no início da era cristã. Jesus Cristo tinha orientado Seus discípulos a permanecerem em Jerusalém até que do alto fossem revestidos do poder do Espírito Santo. Fora apenas uma parte da profecia de Joel cumprida (Joel 2:28 e Atos 2:16-22).
Para que o fogo do Espírito Santo continue queimando, é necessário que haja lenha ( Provérbios 26:20a). Isso significa que o avivamento perdura quando o estudo da Palavra de Deus é a lenha. A Bíblia é a base de nossas vidas. Se considerarmos o exemplo bíblico que cada crente é uma árvore, é preciso que as raízes sejam bem cuidadas num solo fértil. Lemos no livro de Salmos:
“Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará.” (Sl 1:1-3)
A Palavra de Deus é a lenha para manter aceso o fogo. O avivamento, ou o reavivamento, será permanente e crescent na medida em que o combustível é gerado pela revelação da palavra de Deus pelo Espírito Santo que nos guia em toda verdade e nos convence do pecado, da justiça e do juízo (João 16:7-13).
A Palavra de Deus fala do propósito dos cinco ministérios de Cristo ressurreto entregues à Igreja. A unidade da Igreja descrita na epístola aos efésios (Ef 4:10-16) ainda está a caminho. Quem sabe, virá com futuros avivamentos? Precisamos ainda de avivamentos. Será talvez o avivamento do temor a Deus e que resultará na obediência à Palavra de Deus e, consequentemente, vida de santidade e significância desejada por Cristo para nós.
Para não só manter o fogo do avivamento, mas aumentar esse fogo, há a grande necessidade de haver muita lenha. O estudo da Bíblia com ensino inspirado pelo Espírito Santo deve ter o seu lugar de importância na igreja. O ministério do mestre se faz imprescindível nestes últimos
dias. O propósito do ensino da Palavra é propiciar um fundamento (raízes ou alicerce) inabalável e sólido. A igreja sem um bom alicerce cairá nas tempestades, como o próprio Jesus Cristo ensinou:
“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.” (Mt 7:24,25)
A Palavra de Deus é realmente lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos. Quem se dedica ao estudo da Bíblia, será transformado e seus passos serão ordenados por Deus (Sl 37:23). Assim manterá acesa a chama do avivamento, que queima toda nossa impureza e nos manterá na presença do nosso Deus! Cada chama causa transformação e influencia lugares, ambientes e pessoas com os valores do reino de Deus. Isso faz um avivamento crescente e progressivo até que Cristo volte novamente! Maranata!
Pastora Sarah Hayashi
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